longo prazo de produção, agregados (que contemplam níveis globais de produção e setores
produtivos), são sucessivamente detalhados até ao nível do planejamento de componentes e
máquinas específicas. Os sistemas MRP II são softwares, estruturados de forma modular e
integrada, e disponíveis no mercado na forma de sofisticados pacotes para computador.
Segundo GAITHER e FRAZIER [2001], o MRP II tem dois objetivos básicos: melhorar o
serviço ao cliente através do cumprimento dos prazos de entrega e reduzir os investimentos
em estoque, procurando adquirir e disponibilizar os materiais para a produção na quantidade
necessária e no momento certo da sua necessidade.
Em linhas gerais, o sistema parte das necessidades das entregas dos produtos finais,
quantidades e datas, e calcula para trás (backward scheduling), no tempo, as datas em que as
etapas do processo de produção devem começar e acabar. A seguir determina os recursos, e
respectivas quantidades, necessários para que se execute cada etapa. WASSWEILER [1994]
comenta que o MRP II tem sido uma das grandes contribuições para a administração da
produção nas últimas décadas, por ser um efetivo método de planejamento de todos os
recursos da manufatura. Segundo VOLLMANN et al. [1988] e CORRÊA e GIANESI [1996],
o MRP II é um sistema integrado normalmente constituído por cinco módulos principais:
- Planejamento da produção
aos níveis agregados de estoques e produção período-a-período, baseando-se também em
previsões de demanda agregada (níveis de demanda do conjunto de produtos). É o nível mais
agregado de planejamento de produção e por isso, pela agregação e moderada quantidade de
dados detalhados, presta-se ao planejamento de mais longo prazo.
- Planejamento-mestre de produção (MPS)
parte do módulo de planejamento das necessidades de capacidade. O MPS é constituído de
registros com escala de tempo que contém, para cada produto final, as informações de
demanda e estoque disponível atual.
- Cálculo das necessidades de materiais (MRP)
executar as ordens programadas, considerado que a capacidade de produção do sistema em
questão é “infinita”. As considerações de capacidade (no sentido de se checar se o programa
de ordens gerado pelo módulo MRP é viável, se há em cada momento, capacidade disponível
no sistema para cumprir o programa proposto) são feitas por um outro módulo, chamado CRP,
ou módulo de planejamento das necessidades de capacidade.
- Cálculo das necessidades de capacidade (CRP)
é localizar inviabilidades de determinado plano mestre de produção que sejam identificáveis a
partir de cálculos simples e agregados. Não encontrada uma inviabilidade evidente do plano
mestre de produção, este é então explodido pelo módulo MRP em termos das necessidades de
componentes, gerando-se ordens de compra e de produção para os itens particulares. Com
base na explosão detalhada e utilizando informações detalhadas a respeito dos roteiros de
produção e do consumo de recursos produtivos por item, o módulo CRP calcula, então período
a período, as necessidades de capacidade produtiva, de forma detalhada, permitindo a
identificação de ociosidades ou excesso de capacidade e possíveis insuficiências.
- Controle da fábrica (SFC) -
item. O módulo de controle de fábrica usa algoritmos de programação finita, com base em
regras de seqüênciamento, para proceder ao carregamento detalhado das ordens nos recursos
dentro de um período de planejamento e definir seqüências preferenciais para a execução das
ordens nos centros produtivos.
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